No âmbito do Projecto “Aposte no Seguro” do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), a Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (ECA-UEM), parceira do ISSM, capacitou, recentemente, actores teatrais das Províncias de Sofala e Nampula, em matérias de seguros.
A acção de treinamento envolveu dois grupos teatrais da cidade da Beira, Haya-Haya e Chamuarianga, e na cidade de Nampula abrangeu actores igualmente seleccionados pela equipa da ECA-UEM, cujo objectivo é replicar, nas comunidades locais, a apresentação das peças com o intuito de promover a educação financeira em seguros.
Durante 10 dias, estes foram dotados de conhecimentos sobre importância do seguro, diferença entre seguradora e corretora de seguros, papel do ISSM, seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, seguro de acidentes de trabalho e doenças profissionais, micro-seguro, entre outras matérias.
O Coordenador e formador da ECA-UEM, Dactivo Combane, assegurou que, por serem profissionais, os artistas assimilaram com facilidade o conhecimento transmitido, apesar das restrições de movimentos cénicos e contactos, devido à observação das medidas inseridas do Estado de Emergência em Moçambique, por conta da pandemia do Covid-19.
“As restrições causadas pelo Covid-19 obrigaram-nos a adiar as exibições dos espectáculos, mediante a supervisão do ISSM, entretanto, neste momento estamos a montar os áudios de espectáculo de consciencialização sobre seguros que serão difundidos nas rádios e outros meios de comunicação”, explicou Dactivo Combane, tendo acrescentado que esta sensibilização, visa fazer compreender os cidadãos sobre a necessidade do uso dos serviços de seguros, para a protecção pessoal e patrimonial.
Por seu turno, a actriz, Calene, da cidade da Beira, frisou que a parceria com os actores nacionais para a transmissão de conhecimentos sobre seguros nas comunidades é de louvar, tendo em conta a novidade e especificidade do sector de seguros e pouco conhecimento sobre a importância de contratação destes serviços.
Acrescentou ainda que a situação da pandemia veio demonstrar as fragilidades que existem no sector cultural. “Se houvesse mais consciencialização sobre os benefícios dos seguros, provavelmente muitas pessoas teriam aderido a diversos produtos de seguros para terem uma rectaguarda neste período em que, praticamente, não há actividades que garantam a renda”, opinou Calene.
Importa referir que, no âmbito da implementação do projecto “Aposte no Seguro”, cujo objectivo é promover a importância dos seguros de forma abrangente, iniciou-se com a produção de um programa televisivo sobre seguros, uma radionovela, produção de músicas em línguas Portuguesa, Changana, Sena e Emakua, que brevemente serão transmitidos na Rádio Moçambique.